2 A História do Perfume

‎"A História do perfume” no Egito antigo.

Tanto a palavra portuguesa “perfume”, como a correspondente francesa parfum, a italiana profumo e a inglesa perfume derivam do latim “fumus”, palavra que nos transporta para um cenário fumegante, numa referência às nuvens de fumaça perfumada que subiam aos céus durante os ritos de homenagem aos deuses. É, pois, quase certo que o perfume nasceu em estreita ligação com a religião, sendo utilizado como purificante das almas e como oferenda aos deuses. 



As primeiras referências ao perfume remontam às antigas civilizações do Próximo Oriente, especialmente ao Egito. Os arqueólogos encontraram vasos de perfume de alabastro que remontam ao terceiro milénio antes de Cristo, e são numerosos os frescos com cenas da vida quotidiana que mostram rituais do perfume. 

O culto do perfume no antigo Egito era tão marcado que chegavam a ser montados autênticos laboratórios nos templos, para a preparação das fragrâncias utilizadas para os mortos e para os deuses. No laboratório do templo de Horus, em Edfo, por exemplo, foi encontrada a receita de velas perfumadas, fabricadas a partir de sebo embebido em drogas aromáticas, que eram queimadas como oferenda às estátuas das divindades. Os egípcios acreditavam que os seus pedidos e orações chegariam mais depressa à morada dos deuses se viajassem nas densas nuvens de fumo aromático que se erguiam dos altares e ascendiam aos céus. 

Perfume

Mas o papel do perfume na civilização egípcia não se ficou por aqui. Para além de terem adquirido uma função cada vez mais importante nos processos de mumificação dos corpos, os perfumes tiveram um papel na definição da hierarquia social. Os profundos conhecimentos de flores e especiarias, como o açafrão, canela, óleo de cedro, mirra e outras resinas, ajudavam a criar perfumes delicados para os aristocratas da corte egípcia, que os incluíram nos seus rituais quotidianos. Por exemplo, as mulheres usavam brincos ocos cheios de perfume, para além de perfumarem roupas e águas dos banhos e de untarem os seus corpos com uma infinidade de óleos e fragrâncias. 



Cleópatra era uma fervorosa utilizadora de perfumes, assim como de outras receitas de cosmética naturais, sendo considerada uma das primeiras mulheres a utilizar o perfume como “arte de sedução”. “perfumes embriagadores flutuavam...”, escreveu Plutarco para descrever o momento em Marco António entrou no barco da rainha em Tarso e imediatamente se apaixonou por ela.

Também os assírios e os babilônicos apreciavam as essências proporcionadas pelas resinas de certas árvores provenientes da Índia e outros países asiáticos, que importavam em grandes quantidades. Dos Himalaias recebiam a alfazema, uma planta herbácea de cujas flores se extraía a fragrância que Plínio, séculos mais tarde, definiu como “o perfume por excelência”. 

Na misteriosa Mesopotâmia os perfumes desempenhavam um importante papel na vida conjugal e o marido devia proporcioná-los à esposa, tanto como ato de amor, como para rituais de purificação. Toda a população usava óleos, cuja qualidade dependia da condição social de cada um, sendo que os mais abastados podiam utilizar finos óleos de murta e cedro.


2 comentários:

Anônimo disse...

nossa,que historia!
mas adoro pefumes!
www.chatofbeauty.blogspot.com

Lila Czar disse...

Eu adoro perfume!
Lila Czar

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